CONVERGÊNCIA
DAS MÍDIAS
Estamos na era da internet e com ela vivenciamos uma nova forma de nos comunicarmos e nos relacionarmos com as coisas e as pessoas e assim vemos surgir novas configurações da vida social, econômica, política e cultural. Esta é a Nova Ordem Tecnológica, que começou a se formar no último decênio do século XX, com o surgimento da Internet que se acentua em nossos dias atuais pela forma diferenciada de estabelecermos comunicação e de gerenciarmos informação.
Foi o avanço rápido das tecnologias de comunicação e de informação que tornaram também rápida nossa conexão com o mundo. Mas essa rapidez do tempo digital veio sempre acompanhada da indústria dos dispositivos digitais; e as mídias, em seus formatos tecnológicos, foram surgindo para acrescentar novas funções de comunicação.
CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS: O QUE É?
Foi o avanço rápido das tecnologias de comunicação e de informação que tornaram também rápida nossa conexão com o mundo. Mas essa rapidez do tempo digital veio sempre acompanhada da indústria dos dispositivos digitais; e as mídias, em seus formatos tecnológicos, foram surgindo para acrescentar novas funções de comunicação.
CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS: O QUE É?
O conceito de convergência, no dicionário, nos ajuda a entendermos o termo convergência das mídias já que convergência significa interação. Nesse caso especifico significa a interação entre dispositivos. A convergência tecnológica e midiática significa a integração entre as telecomunicações, os computadores e os
tradicionais meios de comunicação em um único artefato. Foi-se o tempo que havia uma máquina para cada atividade, seja ela para uso privado ou profissional. Hoje elas convergem em funções e atividades, sendo oferecidas em tamanhos cada vez mais compactos, como é o caso dos palms e dos aparelhos sem fios que permitem utilizar Internet em qualquer lugar do planeta sem necessitar de conexão telefônica. Na nova ordem digital tudo converge. Nesse contexto, o celular é um dos artefatos tecnológicos que ilustra bem a convergência das mídias, pois num mesmo aparelho encontra-se reunidas várias funções. Um exemplo simples e que nos ajuda a compreender o significado da convergência tecnológica, hoje um celular tira fotos, envia e recebe mensagens, envia e recebe vídeos, faz conexão com a Internet, sintoniza a televisão, sintoniza rádio, possui jogos, entre outras coisas e continua a ser usado para conversar com as pessoas.
Nesta nova configuração necessita-se do surgimento de uma nova forma de pensar e de estar no mundo, ou seja, de uma nova lógica de raciocínio, caracterizada pelo desenvolvimento simultâneo de diferentes habilidades. Nesta nova realidade tecnológica é perceptível a dissolução dos limites de tempo e espaço, permitindo o acesso a conteúdos e informações a qualquer hora e em qualquer lugar em uma construção coletiva e rápida disseminação e compartilhamento do conhecimento e da informação, potencializando o poder comunicacional.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. Mas há um aspecto mais evidente e importante a se destacar na contribuição da convergência das mídias: a interatividade. Com essa visão, a convergência das mídias vem propor uma transformação no papel da comunicação, onde os sujeitos passam de simples consumidores ou receptores para, além disso, serem possíveis autores de produção no processo de informação. Isto ao mesmo tempo. Frente a este cenário, convém destacar que: a principal capacidade da convergência das mídias é a de possibilitar a integração de dispositivos digitais e o seu uso sob demanda.
CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
Neste novo espaço não podemos esquecer ainda do papel da convergência das mídias na educação. Estas, neste novo contexto tornam-se mais dinâmicas e pluridirecionais, com professores e
alunos no papel de autores de um mesmo processo educacional interativo. No âmbito escolar
convivemos diariamente com uma diversidade de tecnologias, dentre elas: o aparelho celular, o computador e a internet. Estes dispositivos fortemente presente no espaço escolar pode se convergir na medida em que for usado na prática docente com perspectiva pedagógica (em aula, apresentações, produções, filmagens, fotografias) em tempo real e, ser compartilhado na web (vídeo, e-mail, blog, youtube, pesquisas, redes sociais, entre outros) também em tempo real. Todas estas, podendo ser utilizadas com enormes possibilidades (como apoio a prática, produção de conhecimento ou apenas comunicação). Isto é um fator que vem caracterizar que as convergências se fazem presente nas atividades docentes. Entretanto, precisa haver um redimensionar de suas possibilidades em favor da produção de conhecimento, tanto para os alunos quanto para o professor, tendo sempre a interatividade com propósito central. Com o avanço das redes, da comunicação em tempo real, dos portais de pesquisa, as tecnologias se transformaram em instrumentos fundamentais para a mudança na educação.
Em época da era digital e em tempo de convergência de mídias, onde se objetiva associar o máximo de recursos para conquistar o receptor das mensagens, podemos dizer que assim como a TV, o rádio também vive hoje sob influência do digital. Passa-se por uma transição de tecnologias e todas as mídias parecem convergir em um único veículo com propósito de oferecer o máximo de informações associadas ao entretenimento e uso de vários
sentido humanos.
Embasados na necessidade de comunicação natural do ser humano, da história do rádio e da era das convergências de mídias, podemos afirmar que diante de tantas crises pelas quais o rádio passou, é importante salientar, algumas características que possivelmente fizeram com que o mesmo sobrevivesse aos períodos difíceis.
– Agilidade de informação: o imediatismo - Na hora em que o fato acontece, o
ouvinte fica sabendo com riqueza de detalhes, o que ocorreu imediatamente.
– O contato constante: a interatividade - O ouvinte liga na emissora, participa
da sua programação e ainda solicita mais informações se não entendeu algo.
– A praticidade como meio: a instantaneidade - Com a invenção dos transistores, os
aparelhos de rádio tornaram-se presentes em locais antes não imaginados, e,
além disso, faz-se radiojornalismo através de telefone, ao vivo, e isso é um
diferencial de veículo. No impresso, a notícia só é veiculada no dia
seguinte. Na televisão, o fato necessita ser filmado, registrado. Na
internet, precisa-se de foto, de texto escrito, para depois
haver postagem. No rádio, não. Tudo é em tempo real.
– A vantagem: o preço - O contato entre a radiodifusão e
indivíduos está cada dia mais fácil. O custo dos aparelhos receptores de sinal
são muito baixos e acessíveis e a manutenção dos mesmos é feita com pilhas ou
energia. Para as emissoras, os custos estão diretamente ligados às vendas,
aos anunciantes e à audiência.
– A escolha: a seletividade - Com o tempo, as emissoras de rádio
tiveram que buscar diferenciais, logo, optaram por segmentar suas programações.
Algumas se voltaram para esportes, outras para entretenimento e assim por
diante. Isso fez com que os ouvintes tivessem a opção de escolher a
programação. Se ele sintoniza em determinada emissora, sabe exatamente o que
ouvirá.
– Um diferencial: a tradição - O rádio virou um amigo, um aliado das
pessoas para acabar com a solidão. Basta ligar o rádio, quando estão sozinhas, para
acabar com a solidão na qual se encontram.
Atualmente, as
rádios web, sistemas de redes e as constantes descobertas em comunicação por
satélite sustentam a continuidade do rádio na era da convergência das mídias.
A radiodifusão
foi decisiva para o desenvolvimento cognitivo dos seres humanos e, além disso,
foi uma das responsáveis por descobertas e inovações dos meios de comunicação.
Após passar por muitas crises e adaptações, o rádio sobreviveu e faz parte das novas
tecnologias até os dias atuais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma forma mais adequada e simplificada para conceituar a Convergência de Mídias pode se traduzir no desafio de compreender, trabalhar e entregar modelos em que as pessoas tenham acesso ao conhecimento, informação, entretenimento, serviços e transações, em níveis positivos de qualidade e usabilidade, a partir dos meios que ela hoje dispõe, de modo que eles se completem e se fortaleçam.
A parte positiva de tudo isso é a possibilidade de se armazenar conhecimento, com velocidade de informação, fácil acesso, profundidade e riqueza de formatos (mutimídia), tornando a cultura e a notícia, bem como a possibilidade de interatividade, algo sem fronteiras geográficas.
Já a negativa é que menos de 40% da população brasileira está, hoje, conectada à Web. Notamos então que a exclusão digital se torna um problema importante, uma vez que se configura como um grave limitante à penetração da chamada Convergência de Mídias, hoje muito centrada nas mídias móveis, como o celular (com índice de penetração superior a 100% no país).
Porém, é errôneo nomear Convergência de Mídias como a proposta de trazer todas as informações de todas as mídias para a Internet e afirmar que só através dela as pessoas terão acesso ao conhecimento, entretenimento, transações e serviços. Na verdade, outros meios como TV, rádio, etc e outras redes e ambientes de comunicação, como universidades, livros, eventos, shows, etc, independentemente de estarem disponibilizando seus conteúdos na Internet, existem e continuarão existindo como agentes de distribuição de informações, conhecimentos e mensagens.
Convergir mídia não significa substituir umas pelas outras. Alguns exemplos históricos comprovam a tese: o rádio não substituiu a literatura, o teatro e o cinema não diminuíram a importância do rádio, a Internet não acabou com os jornais e as revistas impressas, a televisão aproximou o som e a imagem de todas as pessoas, sem que elas abandonassem outras formas de informação, entretenimento ou estudo, e assim por diante.
Não há dúvida nenhuma de que a ‘Convergência de Mídias’, como meio, em conjunto com a interatividade, como modelo relacional, tornarão possível a disseminação do conhecimento (entendendo-se aí inclusos entretenimento, serviços, etc.) ao alcance dos nossos dedos e também ao alcance de qualquer um em qualquer parte.
Em suma, pode-se dizer que praticaremos formas virtuais de nos comunicarmos, mas não irreais.
Por fim, as tecnologias de informação e comunicação são instrumentos culturais, caracterizados como linguagens de comunicação e representação do pensamento, que proporcionam novos modos de relacionar-se com o mundo, ensinar e aprender.
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